Pular para o conteúdo

Seja um bom profissional…

E o discurso começa assim…

“Você precisa ter:

  • Proatividade
  • Saber gerar relatórios e analisar dados
  • Agir com simpatia e ser agradável
  • Ter empatia com as pessoas
  • Se comunicar de forma clara
  • Saber conduzir uma reunião
  • Escrever bem
  • Saber falar inglês fluentemente
  • Ter feito uma boa faculdade”

Etc…

E implicitamente a mensagem que fica é: “Você não é bom o suficiente até que você seja bom em tudo isso.”

Muitas pessoas ainda encaram o mundo corporativo dessa forma. Criou-se uma caixa do “profissional ideal” que você deve ser e deve fazer de tudo para se adequar a ela, ou você será punido e não receberá recompensas.

“Ah, você não recebeu promoção porque você não tem muita proatividade. Neste quesito você está abaixo do esperado.”

“Ou você se torna bom o suficiente de acordo com os nosso padrões ou você está fora”. A mensagem implícita (e às vezes explícita mesmo) ainda é essa em muitos lugares.

E assim continua-se aniquilando individualidades, perpetuando cobranças e frustrações e robotizando as pessoas.

Na minha visão essa é uma postura excludente e desumana que desconecta as pessoas de sua autenticidade e de seus dons e talentos específicos.

O que realmente precisamos não é impor que as pessoas se adequem a ideais. O que precisamos de verdade é de uma gestão humanizada com líderes que tenham predisposição a liderar e se conectar de verdade com as pessoas. Ainda existe uma grande parcela de pessoas que buscam cargos porque paga mais e para mandar nas pessoas. Esses são os chefes e não os líderes.

Precisamos preparar líderes para:

  • Saber como conversar com cada indivíduo
  • Ter atenção às necessidades de cada pessoa como um todo e não apenas em relação ao trabalho
  • Perceber e respeitar as particularidades de cada pessoa
  • Respeitar o ritmo de cada um
  • Estimular o desenvolvimento individual e se mostrar disponível para oferecer apoio e ajuda
  • Perguntar das vontades de cada pessoa e organizar as demandas da equipe de forma colaborativa
  • Oferecer apoio caso a pessoa queira realizar uma mudança, seja dentro ou fora da organização
  • Olhar para as pessoas e desejar sinceramente a felicidade de cada um (e contribuir com essa felicidade através do seu comportamento)
  • Estabelecer limites claros e confiar nas pessoas
  • Dar diretrizes claras e comunicar com transparência
  • Perceber o estado emocional das pessoas e oferecer apoio
  • Ouvir com atenção

Os resultados importam sim! Só que parece que muita gente ainda não compreendeu que eles se tornam facilmente conquistados com equipes de pessoas satisfeitas, realizadas, que se sentem valorizadas enquanto seres humanos, que recebem recursos e estímulo para se desenvolverem de acordo com suas vontades e com as necessidades do negócio e com uma direção clara e confiável.

A maioria das características desejadas de “bons profissionais” floresce em todo ser humano que se sente valorizado, reconhecido, com espaço e apoio para criar, contribuir e se desenvolver.

O que você pensa sobre isso?

Marcações:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *