Você quer viver uma vida cada vez melhor? De forma bem direta, você precisa colocar o seu bem-estar em primeiro lugar na sua vida.
Colocar o nosso bem-estar como a nossa prioridade máxima é essencial ao se pensar em maximizar a nossa qualidade de vida.
E repare que eu disse “viver cada vez melhor”, trazendo o conceito do movimento e da evolução contínua. Acredito que podemos expandir cada vez mais a nossa consciência e o nosso prazer em viver.
Agora, de forma prática, já avaliou quantas vezes você deixa o seu bem-estar de lado com diversas justificativas e desculpas para tal? Quantas vezes você deixou de lado as suas necessidades de autocuidado fazendo coisas como:
- chegar mais tarde em casa para trabalhar um pouco mais
- abrir mão do seu silêncio e descanso mental para responder mais umas mensagens de trabalho no Whatsapp
- deixar de almoçar, encurtar o almoço ou abrir mão da sua rotina de exercícios físicos para participar de mais uma reunião de trabalho
- não ter tempo nenhum de individualidade e privacidade no seu dia para dar mais um pouco de atenção a outras pessoas da família, aos colegas de trabalho ou aos amigos
- abrir mão de cuidar das suas próprias emoções para ouvir os desabafos dos amigos, etc…
Percebeu o quanto se normaliza o autoabandono para fazer mais um pouco pelos outros ou pelo trabalho? Como se isso fosse até uma forma de provar para si o próprio valor. O abrir mão de si pelos outros vem sendo fomentado como sinônimo de heroísmo.
Essas pessoas que se abandonam repetidamente chegam para fazer terapia comigo exaustas, beirando o esgotamento, seja físico, mental, emocional ou espiritual. E o trabalho que precisa ser feito gira principalmente em torno de liberar a culpa e ressignificar o “se colocar em primeiro lugar” como um direito seu simplesmente por existir.
Que fique claro, todos nós merecemos nos cuidar bem!
E agora entra o “mas” da minha frase do título deste artigo… Precisamos apenas tomar cuidado para evitar distorções nesse pensamento e pensarmos apenas em nós e, dessa forma, fomentarmos uma visão de mundo egoísta na qual levamos em consideração apenasas nossas necessidades.
Vivemos em sociedade e dependemos uns dos outros. Afinal, por acaso você planta sua comida, produz seus móveis, constrói sua casa, cuida do seu encanamento, produz seus próprios tecidos e costura suas roupas? Não. Então considerar as necessidades das pessoas ao nosso redor e de cada sistema do qual pertencemos faz parte do amadurecimento e de uma vida equilibrada.
Precisamos olhar para além do nosso próprio umbigo para tomar decisões e agir de uma forma ética, coerente e sustentável.
Precisamos considerar o impacto das nossas decisões nas outras pessoas que moram conosco, nos membros da nossa família, nos nossos vizinhos, no nosso bairro, na nossa cidade, no nosso país, na humanidade, no solo, na água, no nosso planeta e em todo o universo que habitamos.
E, mais uma vez, cuidado para não cair na armadilha de querer agradar a todos ou ficar se cobrando perfeição ao pensar em agir de forma que considere as necessidades das pessoas e dos sistemas ao nosso redor. A mentalidade é de evolução constante, um passo de cada vez… Fazendo o melhor que podemos a cada momento e expandindo a nossa consciência para aprimorar cada vez mais a nossa experiência de vida e a nossa contribuição no todo no qual estamos inseridos.
Não é sobre agradar! É sobre harmonia e sustentabilidade. Ou seja, é necessária uma visão sistêmica, ampla e de longo prazo, que considere diversos pontos de vista e perspectivas ao exercitar a autorreflexão.
A pergunta que eu deixo para todos nós para levarmos para o nosso cotidiano e refletirmos por este viés é:
O quanto as nossas decisões e a nossa forma de agir estão contribuindo para os sistemas que habitamos e para as pessoas ao nosso redor?
Me conta como esse artigo chega até você? Fez sentido para você? Te convido a compartilhar este conteúdo na sua rede e com as pessoas que você acredita que possam se beneficiar dessas reflexões.
Abraços e boa semana!